quarta-feira, 19 de outubro de 2011

REFREGAS DA EVOLUÇÃO

 
 Apesar  das rudes refregas da luta, não te deixes abater.
Sob o peso de indescritíveis aflições, não te guardes à sombra do desalento.
Mesmo que os caminhos estejam refertos de dificuldades, não estaciones desanimado na jornada empreendida.
Aprende com a natureza: a terra sacudida pelo desvario dos ventos renova-se, cessada a tormenta; o solo encharcado retoma a verdura e o arvoredo esfacelado cobre-se, novamente, de flores.
Em toda parte a vida se renova incessantemente, sob o látego das aflições, convidando-te a imitar-lhe o exemplo.
Não permitas, assim, que o pessimismo, esse conselheiro soez, balbucie aos teus ouvidos expressões de desencanto junto às tarefas elegidas.
Recorda Jesus, abandonado, traído, em extrema solidão, plantando sozinho a espada luminosa do dever, desde então transformada em marco de luz para a humanidade inteira

Não te meçam por aqueles que tombaram, deixando-te empolgar pelas deficiências deles.
A terra não se sente desrespeitada com o cadáver que lhe macule o solo. Recebe a dádiva da decomposição celular como benção e transforma os tecidos apodrecidos em energias novas que são preciosas a Outras vidas.
Se o companheiro ao teu lado cair, porque te desalentares? Encoraja-te e reflete que, apesar do fracasso dele, necessitas chegar ao fim.
Não te intimides com o insucesso alheio. A correnteza não cessa o curso porque a lama se encontra à frente: atravessa as camadas da dificuldade e surge, novamente límpida, adiante para abraçar o mar que a aguarda ao longe.
Se o amigo não teve a felicidade de manter o padrão de equilíbrio que se fazia necessário, na tarefa empreendida, conduze a mensagem que ele não pode levar aos angustiados que te esperam, anciosos à frente.
Fita a face dos triunfadores e deixa-te estimular pelo exemplo deles.
O caminho do calvário é a história de uma grande solidão e toda a Boa Nova é um hino de fidelidade ao dever.
O Mestre nem sequer repreendeu Judas, ou censurou Pedro, ou doou taça de fel a Tomé em dúvida. Fez-se o atestado vivo e importal do Pai, transformando-se em caminho para todos os arrependidos que o desejam seguir.
Na Boa Nova, a queda de cada discípulo é uma advertência para a vigilância dos que vêm depois; a deserção do aprendiz representa um convite à perseverança dos novos candidatos à escola universal do amor.
Robustece o ânimo, amigo do Cristo, fita o sol generoso a repetir sem cansaço a mensagem da alvorada diariamente, e segue fiel, de fronte erguida e coração içado ao bem, mantendo a tua comunhão com o mestre nos deveres que te competem, certo de que não seguirás sozinho.

Trecho do livro: LEIS MORAIS DA VIDA
De Divaldo Pereira Franco
Pelo espírito de Joana de Angêlis.

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